COM AMEAÇA DE PROTESTO DÓLAR DISPARA E CHEGA A R$ 3,21
O dólar comercial abriu em forte alta nesta sexta-feira, 13, e atingiu a marca dos R$ 3,212 (alta de 1,84%) com o clima de tensão por conta dos protestos marcados por todo o País até domingo, 15. Esta é a maior cotação registrada desde 21 de maio de 2004.
Por volta das 10h, a divisa registrava alta de 1,62%, negociada a R$ 3,205.
No exterior, o avanço da moeda se deu em meio à demanda de investidores antes dareunião do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) na semana que vem.
Ainda na primeira meia hora de pregão, contudo, o fôlego diminuiu, com arealização de lucros relacionada a um dado norte-americano. Porém, avalorização do dólar ante o real ainda é forte e superior ao movimentovisto lá fora e se sustenta no noticiário doméstico.
Há temor de confronto entre manifestantes nos atos das centrais sindicais, organizados pela CUT e MST, a partir das 15 horas, contra a “ruptura democrática” e o impeachment da presidente Dilma, e pela garantia dos direitos trabalhistas.
Também pesa a informação de que houve um duelo muito duro entre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na quarta à noite, com o primeiro insistindo na manutenção do veto à prorrogação até 2042 dos subsídios sobre a energia elétrica para grandes empresas do Nordeste, e ameaçando até pedir demissão caso fosse derrotado.
Na quinta-feira, 12, o dólar fechou em alta de quase 1%, cotado a R$ 3,154. Após abrir em baixa, a moeda subiu no fim do dia com o noticiário sobre a Petrobrás e temores de que a inflação demore ainda mais tempo para ceder. Em ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Centralelevou a projeção para a inflação em 2015 e considerou que a alta de preços deve desacelerar apenas a partir de 2016.