Capivari:Semana da Inclusão propõe revisão de conceitos e deixa mensagem: “Faça a Diferença”
Realizado de 4 a 9 de novembro, projeto da Secretaria da Educação apresentou programação variada e pregou respeito à diversidade
A Secretaria da Educação realizou entre segunda-feira, 4, e sábado, 9, o projeto “Mudando Olhares… Revendo Conceitos… Faça a Diferença”. Foram seis dias de atividades que envolveram a sociedade capivariana e pregaram uma mensagem de respeito à diversidade.
Para o secretário da Educação, Nadir Assalin, o projeto cumpriu seu papel no sentido de incitar a reflexão. “Os exemplos apresentados ao longo da Semana da Inclusão nos fazem refletir muito. Fica a lição de que precisamos reclamar menos e agir mais”, disse ele, ao fim do evento.
Com uma programação variada, a Semana da Inclusão, realizada em parceria com o Centro de Apoio Multidisciplinar em Educação Especial de Capivari (Ceameec) e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), buscou aproximar pessoas com e sem deficiência e oferecer a elas a chance de vivenciar as diferenças.
O prefeito Rodrigo Abdala Proença (PPS) fez coro à mensagem transmitida durante o evento. “Todos podemos fazer a diferença, contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária. Mudando nossos olhares e revendo nossos conceitos, damos o primeiro passo para uma sociedade livre de preconceitos e discriminação”, afirmou.
Atrações
Quem passou pela Praça Central foi convidado a vivenciar as dificuldades enfrentadas pela pessoa com deficiência no dia a dia. Na atração “Sentindo na Pele”, os participantes puderam, por exemplo, andar de cadeira de rodas, jogar futebol com os olhos vendados e, também sem enxergar, identificar objetos apenas utilizando as mãos.
As palestras reservaram exemplos de superação. A deputada estadual Célia Leão (que ficou paraplégica após um acidente de trânsito), a professora Rosana Davanzo Batista (deficiente visual) e a empresária capivariana Sele Rosada (má formação nos braços) relataram suas experiências e demonstraram que, apesar das dificuldades, é possível levar uma vida normal.
Donos de mãos ágeis e habilidosas, atletas do Grupo de Ajuda dos Amigos Deficientes de Indaiatuba (Gaadin) provaram que a ausência de movimento nas pernas não os impede de competir em alto nível. Eles se apresentaram no Ginásio de Esportes Ronaldo Zaidan Pellegrini (Ronaldão).
O mesmo Ronaldão recebeu performances musicais e de dança de estudantes das escolas municipais, além de membros do Centro de Referência em Atenção da Pessoa com Deficiência (Ciaspe), de Indaiatuba.
No salão paroquial da Matriz São João Batista, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência exibiu a “Exposição Itinerante do Memorial da Inclusão”, formada por painéis com fotos e documentos de personagens e iniciativas relacionadas à pessoa com deficiência. O Ceameec e a Apae também expuseram trabalhos pedagógicos e materiais utilizados no processo educacional dos alunos.
A Semana da Inclusão teve ainda shows do trio “Miguelito, José Pelegrini e Vitor Priante”, do “Quinteto Pró-Música e Convidados”, e das duplas “José Tatangelo & Kika Baldacerini” e “Marcelo & Dyesson”, além da apresentação de contadoras de histórias mirins da EICAP Lúcia Rosária Armelin Stefanini.
Estudantes da Rede Municipal de Ensino ajudaram a construir o evento. O slogan “Não ao preconceito. Sim ao respeito” nasceu de um concurso realizado nas escolas, cujo vencedor foi o aluno Gabriel Amâncio, da escola Laura Quagliato Pacheco. Assim ocorreu também com a escolha do mascote do projeto, desenhado pelo jovem Enzo Sachs, da escola José Benedito Pinto Antunes.
Com competição de capoeira e atletismo, exibições de dança e do Tiro de Guerra, encerramento dos Jogos Escolares (disputados em outubro) e integração entre alunos das escolas municipais e da Apae, a Secretaria da Educação finalizou as atividades da Semana da Inclusão.
Segundo Assalin, apesar do término da programação, o espírito do evento permanecerá vivo. “O respeito às diferenças tem de ser, incessantemente, defendido e disseminado por todos nós. A Semana da Inclusão serviu para, por meio da educação, nos lembrar de que somos todos responsáveis pela construção de uma sociedade melhor ”, declarou.