Capivari:Vereadores aprovam o regime de urgência para votação da lei que concede Estádio para o Capivariano F.C

Na segunda feira (09) foi votado na câmara municipal de Capivari o regime de urgência para projeto de lei número 194/2013, que trata dos termos de concessão do Estádio Carlos Colnaghi ao Capivariano Futebol Clube, que conforme  o contrato firmado, terá plenos direitos de utilização do campo, dos espaços para publicidade lucros com  o consumo nas dependências do Estádio.

As despesas de agua, luz , manutenção dos gramados entre outros, pelo contrato de concessão continuarão por conta da Prefeitura Municipal que é a Concedente.

O presente projeto de lei, numa apreciação inicial parece firmar no papel o modelo de “concessão” do estádio que mais ou menos vinha acontecendo desde sempre, onde o Capivariano dispõe de “carta branca” para utilizar o espaço.

A oposição ao projeto por parte de uma minoria dos vereadores foi vista pela presidência da torcida organizada do clube como uma ofensa ao brio da terra dos poetas, sendo que alguns até mesmo postaram sua indignação nas redes sociais, numa curiosa demonstração de imaturidade, ou desejo de ganhar visibilidade através de demagogia.

Não se trata aqui de dizer se o Leão da Sorocabana merece ou não esse modelo de concessão, nem se este ou aquele vereador foi “mais capivariano” por aprovar ou repudiar o projeto.

A questão é a seguinte, estamos certos que é do interesse do município de Capivari que se firme esse contrato que dá plenos direitos ao concessionário e plenas despesas ao concedente?

É natural que esse projeto tenha sido votado em “regime de urgência”?

Nossos vereadores precisam pesar o que de fato representa o interesse e a necessidade do povo ou da maioria, se é o respeito ao uso do dinheiro público ou afagar o orgulho desinformado da classe média.

A votação do projeto ou sua aprovação para o regime de urgência demonstra que a maioria dos vereadores estão “comprometidos” com o Executivo e por essa razão não tiveram força para pedir vista do projeto e analisar se realmente a população de modo geral é que sairia ganhando, ou apenas um grupo de pessoas entre elas a diretoria e a torcida organizada do Capivariano F.C.

O certo é que mesmo o projeto sendo “ aprovado”, ainda que o mesmo volte a câmara para outra votação após pedido de vista dos vereadores Mateus Scarso, Bolinha, Tetê Borsari e Nelson Soares, resta agora esperar para que o tempo mostre quem estava com a razão. Se a minoria que votou contraria ao projeto nos termos atuais, ou se a maioria, os que já votaram favoráveis ou os que não se opuseram aos termos do contrato da forma que está hoje.

O projeto voltará ainda esse ano a câmara, para ser votado em sessão extra ordinária.