O povo no Dia do Trabalho

O primeiro congresso da LBV dedicado aos Trabalhadores de Boa Vontade ocorreu no Rio de Janeiro, a 1o de maio de 1983, na sede do Botafogo Futebol e Regatas. A LBV, desde Alziro Zarur (1914-1979), seu saudoso fundador, chama esses milhões de batalhadores de Irmãos Operários de Deus, porque não há incentivo maior do que colocá-los sob a Proteção Divina. Naquela ocasião, eu já dizia: é preciso acreditar no brasileiro, que só pede seja respeitado, para que o tão auspicioso milagre aconteça. O povo trabalha! E, se há no Brasil quem não o faça, certamente não é ele.

Tivemos como lema: “Todos somos iguais perante Deus. O trabalho é que estabelece as diferenças”. Na oportunidade, assim me expressei: Quem é o exemplo de trabalhador? Jesus, no planeta Terra, porque o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, que é o nosso modelo e em Quem sempre vamos buscar inspiração, ensinou que o maior de todos é o próprio Deus: “Meu Pai não cessa de trabalhar, e Eu com Ele” (Jesus — João, 5:17). Como podemos abrir mão da melhor referência? O mundo carece de bons exemplos. Não existem maiores que Deus e Jesus. (…) Eis, pois, que o Pai Celestial é o Operário-Padrão para o Universo e o Cristo, para este orbe. Ora, que querem os irmãos trabalhadores senão uma vida mais digna? E, quando falo neles, não me refiro apenas ao irmão proletário, mas aos homens e às mulheres de diferentes condições sociais que realmente laboram, porque todos somos operários em nossa existência.

 

José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.

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