A NOVA ECONOMIA E A ORGANIZAÇÃO
A economia mundial tem demonstrado que não existem respostas fáceis e que a economia é uma ciência comportamental, portanto passível de mudanças, imperfeições e reações humanas.
As organizações hoje apresentam faturamentos maiores do que o PIB dos países e isto reflete no aumento de seu poder e influência cada vez maior nas decisões políticas, sociais, ambientais, jurídicas, econômicas e tecnológicas.
Olhando no contexto mundial percebem-se fusões entre grandes grupos havendo uma enorme concentração de poder entre os mesmos em consonância com a perda de poder dos governantes, até porque a empresas são perenes e os governantes e seus governos passageiros.
Sendo assim os administradores que além de planejar, organizar, dirigir, comandar e controlar devem ser cada vez mais entendedores do lado virtual do mundo e saber transitar sua organização do mundo real para o mundo virtual.
A liderança hoje é um fator de fundamental importância e os líderes das organizações devem inspirar seus liderados para buscaram melhorias contínuas com qualidade de vida e de pensamentos e ações.
Um dos fatores fundamentais para que isso ocorra é a motivação. Motivação essa que deve ser algo intrínseco e que também deve ser aprimorada em cada um dos colaboradores que fazem parte do time.
Time por que além da busca do resultado devemos preparar os mesmos para o novo desafio que se avizinha, qual seja mudança de paradigmas do mundo real para o mundo virtual aliado com uma percepção de celeridade das mudanças com novos modelos organizacionais.
Perceber que a briga dos atuais ludistas contra o uber, netflix e tantas outras organizações inovadoras é algo que demonstra o corporativismo arraigado que viceja em diversos lugares do mundo e que a vinda desses novos modelos de negócios é algo que nos apresenta o novo que, ao mesmo tempo, aterroriza e traz o alerta ao status quo estabelecido.
Administrar em tempos turbulentos significa adotar novos modelos de negócio e mudanças culturais profundas que devem ser compartilhadas com todos e de maneira que devemos nos reeducar e nos preparar para os mesmos, queiramos ou não, diga-se de passagem.
Gestão é algo que temos carência em nosso país, até por que ainda não tivemos um presidente com essa formação e mesmo sendo a maior profissão regulamentada do país isso não refletiu ainda nas esferas de poder e decisões do poder executivo e outros poderes.
Os administradores devem ficar atentos e ocupar mais espaços nas esferas de poder e isso é um trabalho para Angrad, CFA/CRAs, IBEF, Anefac e tantas outras organizações que trabalham para a disseminação, fiscalização e melhoria da gestão.
e – Robson Paniago é Administrador Tecnológico & Social