Crônica de uma morte anunciada
O mundo passa por grandes transformações e o Brasil caminha a passos largos para mudanças que no futuro veremos se trarão bons ou maus resultados para as próximas gerações.
Na economia entendemos que o pensamento de FHC e sua famosa teoria da dependência nunca estiveram tão atuais e vivemos numa economia “periférica” bastante dependente das economias ditas “centrais”.
Portanto, uma crise nas economias centrais, não pode ser tratada e nem se tornará uma “marolinha” e sim um tornado de proporções épicas e bastante explosivas.
Nesse sentido administrar um país com um governo central e com uma presença estatal forte e com uma voracidade por aumentar os impostos seria um política extremamente deficiente para o momento e para a solução dos problemas apresentados.
Unindo a tudo isso temos uma liderança bastante precária e com parcos conhecimentos de gerenciamento, movimentação política desastrada e viés intelectual e moral para conduzir o navio Brasil com estatura de anão.
Muitos brasileiros, desencantados com tudo isso que se vê, preparam-se para mudar para outros países e tentar uma solução além mar. Pois o mar aqui não está para peixe e tem muito tubarão comendo outros numa autofagia de busca de espaços e de sobrevivência nunca vistos.
Vamos ter que entrar em estado de choque para encontrarmos novos ares e condutores do navio Brasil e para que possamos sobreviver precisaremos de muita criatividade, sangue, suor e lágrimas.
E aqueles milhões de brasileiros que não votaram nessa estrutura que ai está acreditando que poderiam governar o país utilizando do populismo exacerbado de bolsas famílias e que tais que tentam tirar pessoas da zona de pobreza, mas que não oferecem continuidade nesse caminho.
Mais do que nunca vemos que falta planejamento, direção, foco e conhecimento para dar um norte e um rumo consistente ao país.
Juntando tudo isso com nossa herança lusitana patrimonialista e com um estado inchado, paquidérmico e muito burocrático é o caminho mais próximo do precipício.
Tudo isso leva a crônica de uma morte anunciada e precisamos repensar o modelo político, trabalhista, tributários e tantos outros se quisermos sobreviver e nos tornarmos uma economia central.
e – Robson Paniago é Administrador Tecnológico & Social