FAZ DE CONTA

Era uma vez num país não tão distante que ouvimos o pronunciamento da presidenta e ela disse na TV que foi um sucesso o leilão de Libra e que isto significa o sucesso no programa de privatização do governo.

A revista “The Economist” critica o resultado do primeiro leilão do pré-sal e diz que o mesmo terminou com um lance único e isso mostraria a fraqueza do modelo. Também a revista apontou para o alto custo de investimento do campo de Libra.

As passagens de ônibus em São Paulo, Rio de Janeiro não tiveram reajuste esse ano e essa notícia refletirá nos índices de inflação dessas cidades e do Brasil como um todo.

Em compensação o jornal “Estadão” anuncia que após negociar, a gestão Haddad conseguiu passar imposto – IPTU – com teto de 20% para imóveis residenciais e 35% para comerciais e industriais; e que esse projeto passará por 2ª votação. Essa foi à maneira de compensar o não aumento dos ônibus.

O programa Mais Médicos, do governo federal, está sendo decantado em verso e prosa pelo governo e quando vamos ao interior do país e verificamos que faltam não apenas médicos e sim que serão necessários investimentos em infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde.

Interessante saber que o Ministro da Saúde será o candidato do partido do governo para o estado de São Paulo e esse programa será usado como cabo eleitoral para tal empreitada.

O PAC – programa de aceleração do crescimento que foi decantado na campanha da eleição que faria um crescimento robusto do PIB e que ajudaria a colocar o Brasil na condição de resolver uma série de problemas de infraestrutura, gargalos esses que fazem o custo-Brasil aumentar e nos dizem  que se não fizermos o dever de casa, dificilmente o crescimento acontecerá.

A revista Veja anuncia sobre o PAC 2 que o “Governo Dilma conseguiu aplicar pouco mais da metade dos recursos previstos para o período 2011-2014, sendo grande parte para o financiamento habitacional”.

            Todos esses fatos demonstrados acima nos mostram que muito do que gostaríamos de compartilhar e ver de melhorias do nosso país são muito pouco em relação ao que foi prometido e mais do que isso sabemos que muito do que está sendo prometido agora não serão cumpridos, pois o que mais interessa é “ganhar a eleição”, custe o que custar.

            Com isso posto a Copa do Mundo e as Olimpíadas farão o país gastar em investimentos que não são fundamentais para o mesmo e que muito do que foi e será feito não serão de acordo com as promessas feitas.

Faltam creches, a carga tributária está muito alta, os PAC da vida não investem o que foi prometido, os médicos vão prestar um serviço que não será padrão “FIFA “ e nós vamos fingir que acreditamos que o faz de conta não existe por aqui…

 

e – Robson Paniago é Administrador Tecnológico & Social

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