Nas areias existenciais

      Há momentos na vida que paramos para olhar as areias que passaram em nossa existência; desde a areia da praia, que levou –nos a observar um oceano de possibilidades na vida, contemplando o imenso das águas, que, mais que esperança trouxe- nos alentos e vida; as areias dos desertos, nos dias difíceis de nossa existência, nas lutas infindáveis, para prosseguir, apesar do mundo, e também as areias existenciais, que se acumulam em nossos sentimentos humanos.

     Cada grão desta areia torna o nosso ser, em uma praia do existir…  São reflexos de momentos vividos, são sonhos intensos na alvorada de um novo dia, a ver pela janela o luar, tanto da cidade como do sertão; os grãos de areia, que trazem a lembranças e renovam a esperança, a olhar para além do horizonte dos oceanos de possibilidades em nossa vida…  As areias dos olhos que ressequidos, sem as lágrimas, só vem desertos a frente… Mas que não podem esquecer que as lágrimas são Oasis de alentos, uma ternura, e. Porque não dizer… Uma lisura do ser, que revela as fontes do existir em cada uma delas derramadas, sobre as areias do mundo…

      Somos desertos, somos praia, somos areias para nós e para os outros… Mas também, na dialética do existir somos oásis, esperança, areia encharcadas de amor, e essência de vida aos outros; somos seres transformadores das dores em prantos e alegrias, distribuidores de sorriso e risos…  Empreendedores da obra do futuro, com bases nos alicerces do passado e presente, porém no ritmo da vida, acelerado ou lento, na ausência de quem está presente, e na presença de quem está ausente…  Somos seres pensantes de um de mundo que não pensa, e ás vezes, sofre por descuido… Pois os Oasis também secam… E a caminhada até o próximo Oasis, é longa… Pois o próximo parece cada vez mais distante… na dialética da existência .

     Somos vida, e na estação do amor, o infinito de bondade do criador… Apesar do mundo, e do húmus… Humanos… Somos a praia que muitos almejam…    Apesar de nós e nossos limites, restaurados por um criador que é fonte infinita de bondade e amor.