Prefeito de Elias Fausto foi morto a mando de empresário, diz polícia
A Polícia Civil prendeu o acusado de ser o mandante do homicídio do prefeito de Elias Fausto, Laércio Betarelli, na noite dessa quinta-feira (22). O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, acompanhado de delegados da região, anunciou a prisão durante coletiva de imprensa no Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter) 9.
Durante o trabalho da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Piracicaba, foram colhidas fortes provas circunstanciais e testemunhais que puderam indicar o suspeito. Sérgio Vicente Picão, empresário de loteamentos clandestinos e atual presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) local, está preso temporariamente por mandado de 30 dias expedido pela Justiça.
“A investigação teve início com a coleta de imagens do caminho que o prefeito percorreu e a partir daí identificamos que o executor do crime estaria utilizando um veículo Fiat Strada Adventure branco”, explicou Roberto José Daher, titular da Seccional de Piracicaba.
Por meio de imagens de circuito de segurança da região, o veículo utilizado na ação foi visto saindo de Indaiatuba no dia e em horário próximo ao crime, não retornando ao local. Durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência do atual proprietário do carro, ele informou que teria vendido o automóvel ao empresário suspeito.
Ainda de acordo com a testemunha, no dia posterior ao homicídio, Picão teria tentado devolver o automóvel alegando ter tido problemas, mas o proprietário não aceitou a devolução. O veículo foi apreendido pela Polícia Civil e o suspeito foi preso na noite desta terça-feira (22), em um empreendimento no município de São Carlos.
Motivação e execução
De acordo com o secretário, a partir do trabalho de investigação, foi possível obter indícios e fortes provas da motivação, do planejamento e da execução. “A motivação começou por questões econômicas e transbordou para o pessoal”, destacou o Moraes. “O suspeito tentava vender loteamentos clandestinos, que eram embargados pelo prefeito”, explicou.
De acordo com o delegado Daher, nenhuma linha de investigação é descartada, porém, até o momento, não há nenhum indício da participação de um terceiro suspeito. A Polícia Civil prossegue com as investigações.
O delegado geral da Polícia Civil, Youssef Abou Chahin, o delegado Paulo Afonso Bicudo, diretor do Deinter 9 e o seccional de Piracicaba, Roberto José Daher, também participaram da entrevista.