Santa Casa de Piracicaba vai a São Paulo apoiar Movimento “Acesso à Saúde”
Movimento Nacional promove o “Dia D Estadual da Saúde” em 13 de julho
Depois de repercutir localmente o Movimento Nacional ‘Acesso à saúde – Meu direito é um dever do Governo’, lançado no último dia 29 de junho em todas as cidades brasileiras, a Santa Casa de Piracicaba se prepara, agora, para apoiar os desdobramentos da mobilização em nível estadual na próxima segunda-feira, dia 13, quando representantes de Santas Casas e hospitais filantrópicos de todo o Estado de São Paulo se reúnem, às 14 horas, no Auditório Paulo Kobayashi do Palácio 9 de Julho.
O governador do Estado, Geraldo Alckmin, o secretário estadual de Saúde de São Paulo, David Uip, deputados estaduais e federais foram convidados para o ato e, ao lado de profissionais de saúde, representantes de instituições civis e da população, deverão acompanhar a apresentação dos pleitos do setor e um panorama específico e atualizado da situação financeira das entidades do Estado de São Paulo.
O vice-provedor da Santa Casa de Piracicaba, João Orlando Pavão, que é membro da diretoria da Confederação das Santas Casas do Brasil e da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo, entidades organizadoras do Movimento, lembra que a mobilização ocorrerá também em todos os outros Estados da Federação com o objetivo de mobilizar a sociedade em favor da saúde pública no Brasil. “Em 2014, a dívida global acumulada pelo Setor foi superior aos R$ 17 bilhões, valor que só tende a crescer”, considerou Pavão, lembrando que este rombo financeiro está asfixiando os hospitais, fazendo com que a rede filantrópica corra sério risco de colapso. “Acompanhamos com tristeza as recentes informações de Santas Casas que, literalmente, estão fechando suas portas”, disse.
Segundo Pavão, o problema tem origem na remuneração dos serviços prestados ao SUS, que está bastante defasada. Como exemplo, ele cita a realidade de um hospital filantrópico que recebe do SUS R$112,66 por um exame de colonoscopia, enquanto os planos de saúde suplementar pagam R$391, em média, pelo mesmo procedimento. “Além disso, nossas unidades têm um teto aprovado pelo Governo Federal para atender. Se o contrato autoriza cinco colonoscopias por mês, o exame realizado num sexto paciente pode não ser pago pelo SUS, aumentando ainda mais os custos dos hospitais”, explicou.
Pavão reforça a principal missão do Movimento, que é divulgar a realidade das instituições e promover a mobilização em torno do tema, e lembra que no Dia D Estadual da Saúde não haverá paralisação dos serviços.