TRABALHO EM EQUIPE

O que é mais importante para uma empresa: ter onze Pelés ou uma equipe que joga com jogadores distintos em cada posição? Vou falar no jargão do administrês: “Uma empresa necessita de pessoas especialistas (saber muito de pouca coisa…) ou de generalistas (saber pouco de tudo)”?

Após muita experiência e conhecimentos de empresas, várias consultorias realizadas e observações in loco, devemos confessar que na verdade o que as organizações mais necessitam é um especialista-generalista.

Resumindo, o talento humano deve conhecer profundamente uma área da empresa (Pelé era jogador de ataque), mas em certos momentos ajudava na defesa, no meio campo e até no gol, se necessário.

O profissional deve atuar fortemente em marketing, mas não deve nunca se esquecer da interação da mesma com finanças, talentos humanos, produção, tecnologia da informação etc., pois esta interação e entendimento é que faz certas empresas serem diferente de outras e atuarem de maneira mais ampla e com visão holística mencionada neste livro.

Portanto, a empresa deve ter a maior quantidade de craques possíveis e valorizá-los de maneira que os mesmos deem respostas compatíveis ao tratamento recebido. Vimos muitas empresas que tratam seus colaboradores como crianças, e recebem em troca respostas crianças.

Se você os tratar como craques, terá respostas de craques. Valorização profissional já foi decantada em prosa, verso e rima. Não precisamos ficar repetindo que tratamento VIP dá respostas VIPS, mas é sempre bom relembrar…

Generalista é aquele que, em certos momentos, para ajudar o time, atua até no gol, no momento em que o time (empresa) necessita do mesmo, por contingência de uma partida (do mercado) como exemplo podemos citar o goleiro artilheiro do São Paulo, Rogério Ceni.

O futebol, como as empresas, necessita de craques, de competências, de diferenciais (pedala Robinho, homem-foca, homem-jogador americano etc.) e de muitos gols.

Pois empresa que fala de responsabilidade social e tem caixa dois está fingindo que faz a diferença e que tem este tipo de preocupação. Falar da corrupção do país sem reconhecer a corrupção que existe no tecido empresarial é de uma hipocrisia sem fim.

Para o Brasil mudar é necessária uma mudança grande de mentalidade. Se os times de futebol, através de seus dirigentes (homens de negócio) e suas organizações fossem transformadas em Sociedade Anônimas e pudessem com isto manter mais craques no elenco e no Brasil, através de um trabalho de venda de imagem, camisetas, ações etc., poderíamos dar uma guinada nas relações do futebol brasileiro.

e – Robson Paniago é Administrador Tecnológico & Social

e-mail: robson.paniago@fgv.br e robsonpaniago@hotmail.com